Hoje termina “Vidas em Jogo”; por isso, a coluna fez um balanço da trama. Ao todo, a novela ganhou 43 ‘Foi Bem’ e 11 ‘Foi Mal’. Recorde cinco deles.
FOI BEM
FOI MAL
NOVELA COM ‘N’ MAIÚSCULO
Uma novela cujos personagens sofreram várias ‘mutações’. Assim, em linhas gerais, pode-se definir “Vidas em Jogo” que termina hoje. Ao longo de mais de 240 capítulos e 11 meses, a novela da Record apresentou a história de um grupo de dez amigos que fica milionário na virada do ano de 2010 para 2011. Após várias tentativas fracassadas, o grupo resolve fazer um pacto: cada um precisaria cumprir uma missão para ter direito a segunda parte do prêmio um ano depois.
Quem chegasse a cumprir a missão e morresse, não teria como sua família receber a tal segunda parte. As missões iam desde ser uma boa patroa até gastar dinheiro com si mesma ou fazer os filhos adotivos estudarem. “Vidas em Jogo” não economizou em estupros, sequestros, tiroteios, perseguições e mortes (ao todo, mais de 30 personagens, incluindo aqueles que fizeram participação especial, bateram as botas).
“Vidas em Jogo” não chegou a ter uma ‘barriga’ clássica (quando a novela fica parada), mas em alguns momentos uma ou outra situação se esticavam demais. Por exemplo, foram precisos 20 capítulos para o grupo ficar milionário. Depois, uma boa quantidade para se mudarem para luxuosas mansões. Porém o que mais chamou a atenção na trama foi a mudança de personalidade de 90% dos personagens. De mocinhos para vilões ou de vilões para renegados.
Outro destaque foram atuações memoráveis. Beth Goular, a Regina, ganha por unanimidade nesse quesito. A atriz em seu melhor papel na TV, que merecia até reconhecimento maior (e prêmios também), fez de sua personagem uma vilã nada caricata, mas humana. Capaz de controlar o namoro da filha com um motorista, de demitir funcionários, mas se envolver com um miliciano e mandar matar para proteger as crias. Sandro Rocha, o Cléber, foi um senhor vilão. ‘Apagou’ quase dez personagens, muitos a sangue frio, mas era o típico conquistador e ainda responsável por disfarces inusitados e tiradas memoráveis (como na oportunidade em que ‘dialogou’ com uma de suas vítimas, já morta).
Quem também brilhou foi Luciana Braga com cenas extremamente opostas: uma hora era a filha que não aceitava o modo de vida do pai; em outra, a mãe que protegia a filha que queria namorar; e numa terceira situação, a sogra que tirou o genro do abismo das drogas. Mas Fátima, papel da atriz, foi também barraqueira e dissimulada, ao forjar um incêndio na própria casa.
Outros atores começaram timidamente e cresceram em 11 meses de história. Caso de Júlia Tannus (uma ‘senhora’ atriz mirim que enfrentava a mãe para defender o pai que era traído; sem ‘não me toques’, mas com um leve nariz empinado que chegava a dar raiva), Letícia Colin (em seu primeiro papel adulto, aliou beleza ao extremo e segurança em cena), Leonardo Vieira (ótimo com um personagem que acabou cômico na reta final) e, principalmente, Ricky Tavares.
O estreante na emissora parecia que se saísse da novela não iria fazer falta. Suas cenas se drogando chocaram, foram fundo na ferida e Ricky, intérprete de Wellington, deixou o público do folhetim de queixo caído. Ainda no segmento do mundo das drogas, é impossível não citar Liége Müller, a Stella. Para a loira, bastaram poucas cenas e falas para hipnotizar o telespectador com uma atuação soberana e emocionante. Fez uma dupla incrível com Ricky Tavares.
Contudo, a grande surpresa de “Vidas em Jogo” veio através de Marcos Pitombo. Seu personagem, Lucas, de bom moço transformou-se em sequestrador, frio e torturador. Não cometeu excessos e deslizes nas cenas mais explosivas. É preciso fazer justiça para atores-coadjuvantes como Felipe Martins, Gabriela Moreyra, Thais Fersoza e Flávio Siqueira, o afeminado Fabinho. Denise del Vecchio, Simone Spoladore e Lucinha Lins também dispensam apresentações maiores.
Por outro lado, “Vidas em Jogo” decepcionou com relação ao casal protagonista. Guilherme Berenguer, o Francisco, não convenceu. Tanto que a torcida para ele morrer chegou a ser imensa. Sem personalidade, ‘Chico’ não sabia quem queria namorar e acabou virando um bocó nas mãos de Rita, vivida por Julianne Trevisol. A atriz, aliás, até começou livre, leve e solta, mas acabou não segurando a barra. Sua mudança para o lado do mal, mostrando ser sequestradora e calculista, só atrapalhou a atuação mediana da morena.
Claudio Heinrich e Romulo Arantes Neto, Elton e Raimundo, decepcionaram do começo ao fim. O primeiro não conseguia esboçar reações faciais. E o segundo, ficou devendo em várias cenas (principalmente na morte da mãe).
Independente de quem morreu, quem matou e quem foi o palhaço assassino, “Vidas em Jogo” foi uma novela com ‘N’ maiúsculo. Até se concorda com algumas críticas em relação a mudança de 180º de alguns personagens, mas esteve bem amarrada, sem falhas e com fases de pura adrenalina. Se o romantismo foi quase que deixado de lado por vários capítulos (dá para se contar nos dedos as cenas de sexo), a novela acertou em debater com ou sem profundidade temas como Aids, Síndrome de Down, uso de drogas e estimulantes e corrupção no meio policial. “Vidas em Jogo” tinha a missão de ser assim e conseguiu com louvor.
Faltou citar o André Di Mauro como Carlos (na minha opinião o melhor ator da Record) e o fofo do cachorrinho Zé que arrancou suspiros, risos e ate lagrimas do publico.
A MELHOR NOVELA DE TODOS OS TEMPOS, AGLOBO NUCA TEVE UMA NOVELA TÃO REAL E TAO BEM FEITA COMO ESSA A RECORD TÁ DE PARABENS E ESSA “MASCARA” PROMETE VIU!
Essa materia estar simplesmente ESPETACULAR mto maneira, legal pakas.